Evento, realizado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul destacou como os anticorpos monoclonais e as terapias direcionadas têm demonstrado eficácia no manejo de doenças como psoríase, dermatite atópica e hidradenite supurativa, entre outras
Os imunobiológicos têm se destacado como uma ferramenta importante no tratamento de diversas condições dermatológicas, proporcionando novas esperanças para pacientes que antes enfrentavam limitações nos cuidados disponíveis. O impacto dessas terapias na população é significativo, pois não apenas melhoram a qualidade de vida dos pacientes, mas também facilitam a atuação dos médicos ao oferecer opções de tratamento mais personalizadas e eficazes.
O tema foi abordado durante a tarde deste sábado (26/10) no 6° Simpósio Gaúcho de Terapêutica Dermatológica e Imunobiológicos, no Centro de Eventos do BarraShoppingSul promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS).
Com coordenação da médica dermatologista Dra. Cíntia Pessin, o simpósio abordou temas relevantes, como a escolha do imunobiológico para psoríase, avanços no tratamento da dermatite atópica e imunizações em dermatologia.
Programação
A programação começou com uma discussão sobre a psoríase, uma condição crônica que afeta a pele, abordando estratégias para a escolha do tratamento mais adequado com o uso de imunobiológicos. Esses medicamentos são especialmente importantes, pois atuam diretamente no sistema imunológico, ajudando a controlar a inflamação e os sintomas da doença.
Na sequência, a Dra. Tania Cestari apresentou os últimos avanços no tratamento da dermatite atópica, uma condição que provoca coceira intensa e irritação na pele. A palestra destacou como novas abordagens terapêuticas têm trazido alívio significativo para os pacientes, permitindo uma melhor qualidade de vida.
Outro ponto importante da programação foi a atualização sobre imunizações em dermatologia, liderada pelo Dr. André Costa Beber. Ele enfatizou a relevância das vacinas na prevenção de complicações dermatológicas, abordando como a imunização pode ser um aliado na saúde da pele.
A Dra. Clarissa Prati também trouxe inovações no tratamento de doenças imunomediadas, como a hidradenite supurativa e o vitiligo. Essas condições impactam não apenas a saúde física, mas também a emocional dos pacientes. A especialista destacou a importância da “janela de oportunidade” no tratamento de pacientes.
“Focar no que se chama de janela de oportunidade pode impedir que os pacientes sofram progressão da doença e melhorar a resposta ao tratamento. Portanto pode ser crucial para otimizar os resultados clínicos”, afirmou.
Por fim, o Dr. Daniel Lorenzini discutiu como manejar a alopecia areata, uma condição que causa queda de cabelo em áreas específicas. A apresentação abordou desde diagnósticos até opções de tratamento, enfatizando a importância de um acompanhamento cuidadoso para os pacientes afetados.
“A alopecia areata (AA) é uma doença autoimune caracterizada pela perda de cabelo não cicatrizante, com uma prevalência global estimada de cerca de 2% em algum momento da vida. Embora o folículo piloso esteja preservado, o que torna possível reverter a AA, a condição pode iniciar em qualquer idade, com 83-88% dos casos ocorrendo antes dos 40 anos, e 20% na infância. O tratamento deve se concentrar tanto no recrescimento quanto na manutenção do cabelo, mas os resultados são imprevisíveis devido às recaídas frequentes. Além disso, dada a natureza crônica da doença, a maioria das terapias perde eficácia após ser descontinuada”, afirmou.
Redação: Marcelo Matusiak