Câncer de pele em albinos pode ocorrer de forma precoce e grave
Por se tratar de uma alteração genética onde o paciente tem ausência ou diminuição de melanina, o Albinismo exige que os cuidados com a pele sejam redobrados, pois, como a pigmentação da pele é responsável pela proteção do sol, os albinos têm maiores chances de desenvolver câncer de pele. A médica dermatologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Clarissa Prati, alerta que o cuidado com a fotoproteção precisa ser intenso e comportamental.
– O paciente precisa observar uma série de medidas protetoras quando falamos do contato com os raios solares. É preciso não se expor diretamente no período das 10h às 16h, utilizar chapéus, óculos de sol, pois, dependendo dos casos, os olhos também exigem proteção. Em áreas onde não é possível cobrir com roupas, como o rosto, as mãos e, eventualmente, o dorso dos pés, os protetores solares precisam ser utilizados – orienta a médica.
A vice-presidente da SBD-RS também salienta que, quanto mais precoce a compreensão em relação aos cuidados for, melhor para o albino, pois, nas crianças já é possível identificar se há a alteração genética ou não. Isso permite aos pais, quando verificarem isto em seus filhos, darem início de forma antecipada às medidas de proteção e de comportamento.
Celebrado 13 de junho, o Dia Mundial de Conscientização do Albinismo busca divulgar informações sobre o albinismo, que não tem cura, mas pode ter seus efeitos amenizados. No mundo, cerca de 20 mil pessoas têm algum tipo de albinismo.