As cicatrizes são alterações da pele que surgem no processo de reparação após uma lesão.
A causa pode ser indesejada como uma queimadura ou uma infecção ou esperada como uma cicatriz após um procedimento médico cirúrgico. A pele “nova” não apresenta as mesmas características da pele não lesada, havendo alteração da quantidade e disposição das fibras e demais componentes da pele. Assim, ela necessita de alguns cuidados para evoluir com o menor impacto possível na aparência e na saúde da pessoa.
Cicatrizes ‘jovens” ainda avermelhadas não devem ser friccionadas ou puxadas sob pena de alargamento e mesmo sangramentos. Devem ser protegidas inicialmente com curativos e lavadas 1 a 2 vezes ao dia com soro ou água e sabão, conforme indicado pelo médico.
A maturação de uma cicatriz pode levar de 9 a 12 meses, assim após a fase inicial, ela deve ser hidratada e protegida do sol. Compressão e massagens são indicadas em alguns tipos de cicatrizes para evitar o espessamento, excesso de circulação sanguínea e diminuir aderências a tecidos mais profundos, tornando-as mais macias.
Cicatrizes alargadas, hipertróficas e queloides podem se beneficiar de procedimentos dermatológicos como laser, injeção de substâncias, crioterapia, peelings, microagulhamento, abrasão, preenchimento, radiação, nova cirurgia para remoção da cicatriz, entre outros.
Importante ressaltar que cicatrizes extensas e antigas podem evoluir com surgimento de cânceres de pele anos após, sendo recomendado o exame desta lesão por médico dermatologista o quanto antes.
Autor(a): Dra. Michelle Lise – Dermatologista. CRM 24845
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