Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) alerta para necessidade da população não menosprezar os sintomas, assegurando uma melhor qualidade de vida com tratamentos adequados
De acordo com dados nacionais, o número de casos de doenças de pele tem aumentado significativamente nos últimos anos, evidenciando a necessidade de informação e prevenção. Caracterizada por pele sensível e que fica vermelha facilmente, a rosácea é uma doença que, apesar de ser muito prevalente, é subdiagnosticada e causa um grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. Com o passar do tempo, a vermelhidão, conhecida como eritema, começa a ficar permanente e aparecem vasos finos (telangiectasias) fixos. Outro espectro da doença são as pápulas e pústulas, lembrando um quadro de acne, que podem ocorrer junto com edema e espessamento da pele, como aumento do tamanho do nariz.
“Orientar a população em relação a esta condição pode auxiliar o bem-estar de muitas pessoas”, salienta o vice-presidente da SBD-RS, Juliano Peruzzo.
A SBD-RS também ressalta que é fundamental buscar informações confiáveis sobre as doenças da pele com fontes especializadas, como dermatologistas e a própria SBD-RS, para evitar o uso incorreto de produtos ou tratamentos não comprovados cientificamente e que podem, inclusive, irritar a pele já sensível. Apesar de não haver dados precisos, a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) estima que a rosácea acometa entre 1,5% a 10% da população.
O que é a rosácea?
A origem da rosácea ainda não é conhecida, mas sabe-se que há um componente genético associado, bem como uma forte influência da exposição à radiação do sol. Além disso, pessoas com pele mais clara costumam ser mais predispostas. Entre os fatores que podem exacerbar a rosácea, estão, além da exposição solar, o estresse psicológico, o consumo de bebidas alcoólicas e de comidas apimentadas, a atividade física e o uso de determinados cosméticos. A presença de eritema e telangiectasias na região central da face, acompanhadas de pápulas e pústulas, geralmente não oferece dificuldade no diagnóstico da rosácea. No entanto, boa parte dos pacientes não sabe que sofrem da doença e costuma conviver com os sintomas sem saber que há tratamento.
Redação e coordenação: Marcelo Matusiak