Casos e Discussões em Oncologia Cutânea integraram a programação da 1ª Jornada dos Serviços Credenciados do RS
Durante a tarde de quinta-feira (24/10), a sessão sobre Oncologia Cutânea, coordenada pelo Dr. Renato Bakos, da Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul (UFRGS), trouxe análises sobre doenças da pele, com foco em diagnóstico e terapias. Ele enfatizou o papel crucial da dermatologia na abordagem de condições desafiadoras.
“Estamos vendo três casos bastante difíceis, tanto pelo diagnóstico, quanto para o manejo, mas todos com um prognóstico favorável, o que mostra a importância da dermatologia na conduta em um grupo multidisciplinar, fundamental nesses casos que são complexos”, destacou.
A Dra. Verônica Aita apresentou um quadro de linfoma cutâneo, destacando os desafios no diagnóstico e a relevância dos imunobiológicos, medicamentos que auxiliam no combate a diversas patologias. A paciente, de 26 anos, realizou tratamentos com Omalizumabe, um medicamento para controlar inflamações alérgicas e Dupilumabe, remédio para dermatite atópica, mas não obteve melhora, e os medicamentos causaram o escurecimento das lesões após o uso. Assim, o tratamento do caso consistiu na utilização de Fototerapia PUVA, com o uso de luz ultravioleta com sensibilização para tratar a pele, corticoide tópico, hidratação vigorosa da pele e uso de Interferon, um medicamento que regula o sistema imunológico.
Já a Dra. Thaíse Ferrari, discutiu um exemplo de carcinoma epidermoide avançado, uma forma de câncer de pele mais agressiva. Na revisão do caso, foi relatado que o câncer de pele não melanoma, como o carcinoma epidermoide, que afeta as células da camada externa da pele, é o tipo mais frequente, com maior risco para pessoas do sexo masculino, caucasianas e tabagistas.
Encerrando a atividade, a Dra. Isabela Klafke Brixner abordou um carcinoma basocelular metastático, uma forma rara de progressão desse tipo de câncer, geralmente menos agressivo. A dermatologista apresentou dados da American Cancer Society, que estima que em 2012, 5,4 milhões de casos de câncer de pele não melanoma foram diagnosticados, dos quais aproximadamente 8 em cada 10 casos teriam sido carcinoma basolecular.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o número de casos novos de câncer de pele não melanoma estimados, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 220.490. Também constatou-se que os cânceres de pele não melanoma representam menos de 0.1% das mortes por câncer.