Combinando novas tecnologias e abordagens individualizadas, dermatologistas oferecem soluções eficazes para correção de marcas na pele
As cicatrizes, sinais deixados na pele após lesões, cirurgias ou doenças dermatológicas, podem afetar não apenas a aparência, mas também o bem-estar emocional dos pacientes. A boa notícia é que a medicina dermatológica avançou consideravelmente, oferecendo hoje uma variedade de procedimentos que suavizam ou até eliminam essas marcas. A Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção do Rio Grande do Sul (SBD-RS) destaca que homens e mulheres têm buscado cada vez mais alternativas para corrigir as sequelas na pele com segurança e eficácia.
A Dra. Laura de Mattos Milman, integrante da diretoria da SBD-RS, explica que existem opções específicas para cada tipo de marca deixada pela pele.
“Cicatrizes atróficas, como as causadas pela acne ou catapora, podem ser tratadas com microagulhamento, lasers como CO2 e Érbio, peelings, preenchimento com ácido hialurônico e bioestimuladores de colágeno. Já as cicatrizes hipertróficas e os quelóides, que são mais elevadas, infiltrações de corticoides, lasers com foco vascular e até cirurgia podem ser considerados. No caso das marcas pigmentadas, que apresentam coloração mais escura, utilizamos luz pulsada, lasers específicos para o pigmento, clareadores e também microagulhamento”, explica.
Além da variedade de métodos, novas inovações tecnológicas também têm ganhado destaque na dermatologia. Segundo a Dra. Laura, a toxina botulínica surge como uma opção promissora para o tratamento dessas marcas.
“Ela não só reduz a tensão muscular local, favorecendo a cicatrização, como também atua nos fibroblastos, promovendo um processo mais controlado e eficiente. Os lasers fracionados de última geração e a radiofrequência microagulhada vêm ampliando as possibilidades de resultados positivos”, conclui.
A médica também esclarece sobre o momento ideal para iniciar o tratamento. Segundo ela o início pode ocorrer entre quatro e seis semanas após a lesão. Atualmente, estudos indicam que, quando bem indicado, o tratamento precoce pode trazer benefícios significativos. Por isso é essencial proteger a pele com protetor solar, manter a hidratação da área, evitar traumas e, quando indicado, usar produtos à base de silicone sob orientação médica.