O Carcinoma Verrucoso (CV) é uma das variedades do Carcinoma Espinocelular (CEC) cujo aspecto inicial lembra uma verruga comum (exofítico). Seu comportamento costuma ser proliferativo, localmente agressivo e geralmente costuma aparecer em locais de irritação crônica e inflamação. Ele pode estar associado ao vírus HPV (vários tipos) e outros fatores como o tabagismo e traumas constantes, sendo muitas vezes difícil sua diferenciação das verrugas comuns. Sua suspeita é despertada quando as verrugas não respondem aos tratamentos convencionais, progredindo lentamente. Seu crescimento sempre é lento e progressivo e é incomum que possa produzir metástases. Sua incidência é maior entre os homens, principalmente após os 60 anos de idade.
São descritos 3 subtipos do Carcinoma Verrucoso
1. Epitelioma cuniculatum, que aparece geralmente nas plantas dos pés;
2. Condiloma Gigante (Buschke-Lowenstein), típico das áreas genitais;
3. Papilomatose Oral Florida, encontrada na região da boca, é a apresentação mais comum.
Seu diagnóstico tradicionalmente é feito através da biópsia da lesão, com envio de material para análise em laboratório.
Entre as muitas opções de tratamento estão: Cirurgia de Mohs (técnica especial de cirurgia que retira a lesão aos poucos, com análise do material removido no momento do procedimento, que possibilita alta taxa de cura), remoção cirúrgica tradicional da lesão, tratamento com nitrogênio líquido, radioterapia, terapia fotodinâmica (técnica que mistura uma luz especial associada a um creme ativo aplicado na lesão), laser de CO2 não fracionado e quimioterapia sistêmica, entre outras opções menos frequentes. A decisão de qual a melhor opção de tratamento para cada paciente é tomada pelo médico dermatologista no momento do diagnóstico.
Autor: Dr. Fabiano Pacheco – Dermatologista SBD-RS