Casos graves de complicações em procedimentos feitos por não médicos são cada vez mais frequentes

Tema esteve presente em evento realizado no Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS)

O exercício ilegal da medicina foi tema de debate envolvendo representações de sete especialidades médicas, poder legislativo, executivo e judiciário. O problema tem ficado evidente em procedimentos que são cada vez mais recorrentes e que contrariam a Lei do Ato Médico, sendo executados por profissionais das mais variadas áreas e que acabam trazendo complicações e óbitos.O debate foi realizado na manhã de sábado (24/08) no auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS).

Uma das áreas mais afetadas é a dermatologia. A presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Taciana Dal´Forno Dini, fez um relato na palestra de abertura de casos graves que chegam aos consultórios médicos de pacientes que tiveram complicações oriundas de procedimentos feitos por não médicos.

– Diante de tantos casos que recebemos fazemos o questionamento. Quem faz o diagnóstico e tratamento dessas complicações que necessitam de tratamentos de urgência? É importante reforçar os riscos que a população está correndo com a difusão dessa prática. Além disso, tem causado aumento de custos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e rede privada. Também é fundamental lembrar a questão legal porque, como médicos, quando assumimos esses casos aquela complicação passa a ser nossa também. Mais importante do que as denúncias que estamos fazendo ao Ministério Público e ao CREMERS é o esforço de esclarecer a população da gravidade desses fatos e orientar para que sempre procurem médicos dermatologistas ou de cirurgia plástica – disse.

Entre os procedimentos mais comuns que causam complicações e que estão sendo feitas por não médicos na área da dermatologia estão peeling, preenchimentos, toxina butulínica e laser, entre outros.

Além da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), participaram os presidentes de outras especialidades como Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Regional RS, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional RS, Sociedade de Oftalmologia RS, Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul e Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Regional RS.

– O tema é de interesse de toda a sociedade. Quando exercemos a saúde com qualidade, estamos defendendo não a classe médica, mas toda a população – declarou o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS), Eduardo Neubarth Trindade.

Estiveram presentes líderes das entidades que representam a classe médica no Rio Grande do Sul como Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) e Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS).

A programação contou, ainda, com o debate dos aspectos jurídicos e o papel de entidades como Ministério Público, Polícia Civil e Legislativo.

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Sobre a SBD/RS

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é a única instituição reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no Brasil. Os médicos dermatologistas a ela ligados precisam obter o Título de Especialista que atesta a sua capacitação.

 

A secção SBD-RS é a sua representante no território do Rio Grande do Sul.

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