Consulta pública debate novos tratamentos para tratamento do câncer de pele

Participação no processo é incentivada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS

O objetivo é que através da internet a população possa opinar se o sistema público deve aderir a novos medicamentos para o tratamento do melanoma metastático pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Consulta pública é feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias.

“A consulta pública é importante uma vez que as medicações estão modificando o tratamento dos pacientes. São drogas que oferecem uma nova perspectiva no tratamento e que já estão disponíveis para pacientes através de convênios ou atendimento particular, mas não pelo SUS. As quimioterapias convencionais ajudam uma parcela de pacientes, mas muitos precisariam realmente da terapia-alvo e/ou imunoterapias ainda não disponíveis como forma de ter um tratamento mais atual e mais eficiente. Analisando, exclusivamente a questão técnica e científica, entendemos que é importante, pois são medicamentos que podem beneficiar os pacientes, especialmente aqueles com diagnóstico de câncer em estágio mais avançado”, afirma o dermatologista associado da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Renato Bakos.

Uma pesquisa divulgada em abril de 2019 pelo Instituto Oncoguia/CliqueSUS concluiu que 98% dos medicamentos prescritos para tratar melanoma no SUS são “pouco eficazes”. Na rede privada, no entanto, os pacientes já contam, desde janeiro de 2018, com tratamentos mais eficientes.

A consulta pública iniciou no dia 2 de janeiro e tem término no dia 21 de janeiro de 2020. Para participar, deve ser acessado o site e buscar a consulta sob o nome “Terapia-alvo (vemurafenibe, dabrafenibe, cobimetinibe, trametinibe) e imunoterapia (ipilimumabe, nivolumabe, pembrolizumabe) para o tratamento de primeira linha do melanoma avançado não-cirúrgico e metastático”, número 85. A opção “Discordo” da recomendação preliminar da Conitec é a favor da incorporação de novas terapias no sistema público. Já a opção “Concordo” é favorável à não incorporação desses novos medicamentos.

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Sobre a SBD/RS

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é a única instituição reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no Brasil. Os médicos dermatologistas a ela ligados precisam obter o Título de Especialista que atesta a sua capacitação.

 

A secção SBD-RS é a sua representante no território do Rio Grande do Sul.

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