Orientação da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) é para que os cuidados com a exposição solar sejam permanentes independente da estação do ano e da previsão do tempo
O final do verão não deve significar a ausência de cuidados com o sol. A Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS alerta que inúmeros estudos já demonstraram que a prevenção do câncer de pele passa por um cuidado permanente, evitando horários de maior incidência solar e fazendo o uso do protetor para proteger a pele dos raios ultravioleta (UV), independente da época do ano.
“O principal cuidado é se proteger ao longo de toda a vida. É comprovado que a exposição solar e as queimaduras aumentam a chance de câncer de pele. Evitar a exposição em horários de maior pico e usar o protetor solar são fundamentais nos dias de verão, mas no resto do ano também”, explica a dermatologista e diretora da SBD-RS, Analupe Webber.
Os raios UV são uma forma de radiação ionizante que pode danificar o DNA das células da pele, aumentando o risco de desenvolver câncer de pele e outros problemas de saúde, como envelhecimento prematuro da pele e manchas de melasma ou melanoses solares.
No Rio Grande do Sul o cenário é de maior preocupação pelas características genéticas da população, principalmente de imigrantes com a pele mais clara, e pelo fato do estado estar localizado em uma zona em que a camada de ozônio está mais debilitada.
“O câncer de pele é o mais prevalente na população brasileira, sendo mais até do que mama e próstata. Como no Rio Grande do Sul temos pacientes de pele muito clara, há uma incidência de casos ainda maior”, acrescenta Analupe.
É importante estar atento a qualquer sinal de mudança como novas manchas ou lesões e consultar um dermatologista regularmente para uma revisão completa.
“É importante conhecer o próprio corpo e avaliar. Se há um sinal um pouco mais escuro, que difere dos demais, ou que começa a aumentar de tamanho ou que provoca sangramento ou coceira, deve ser realizada uma avaliação pois todos estes são sinais de alerta”, finaliza a médica.
Os dois principais tipos de câncer de pele são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, que geralmente são curáveis se detectados e tratados precocemente. No entanto, o melanoma é um tipo mais agressivo de câncer de pele que pode se espalhar rapidamente para outras partes do corpo e pode ser fatal se não for diagnosticado e tratado precocemente.
Redação e coordenação: Marcelo Matusiak
Revisão: Dra Valéria Rossato