Molhando a camiseta: entenda o que é o excesso de suor

Com a chegada do clima mais quente, aumenta a procura de tratamentos para essa condição, nas clínicas dermatológicas

O suor é uma das ferramentas que o corpo humano usa para controlar sua temperatura e, consequentemente, manter o funcionamento normal dos órgãos internos. Quando é excessivo, causando desconforto ao indivíduo, é chamado de hiperidrose, que pode ou não causar também mau odor.

A Hiperidrose pode ser localizada ou generalizada. Segundo a médica dermatologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Rosemarie Mazzuco, a Hiperidrose generalizada é a que ocorre em todo o corpo, sendo desencadeada principalmente pelo calor e por exercícios físicos.

“Fatores como alterações hormonais, sobrepeso e situações de stress aumentam a frequência das crises e a quantidade de suor. Mudanças no estilo de vida como controle do peso e do stress, tratamento de uma possível disfunção hormonal e atividades físicas regulares trazem alívio e, muitas vezes, resolução do quadro. Raramente, a hiperidrose generalizada pode estar associada a doenças mais graves, por isso é importante a avaliação médica”, explica.

Já a Hiperidrose localizada é aquela que ocorre em determinadas partes do corpo como axilas, mãos, pés, couro cabeludo, face ou região genital.

“Além do desconforto estético e social, o excesso de suor pode desencadear doenças como micoses, infecções cutâneas, irritações e desordens psicológicas como depressão e ansiedade. Um dos principais fatores que causam a hiperidrose localizada é a tendência genética, mas outras situações podem piorar ou desencadear o quadro, como o aumento da secreção de determinados hormônios, stress, alterações metabólicas do corpo, sobrepeso e obesidade. Infelizmente, a hiperidrose localizada não costuma melhorar com a adoção de um estilo de vida mais saudável, sendo necessário algum tipo de tratamento para alívio do quadro”. completa.

Os tratamentos envolvem desde o uso de produtos tópicos, até a cirurgia para remoção das glândulas sudoríparas, no caso da hiperidrose axilar; e à simpatectomia, que é a remoção cirúrgica de um gânglio nervoso dentro do tórax, no caso da hiperidrose axilar ou palmar.

A aplicação de toxina botulínica vem sendo considerada o tratamento de primeira escolha para os casos de hiperidrose localizada moderada a grave. Pode ser injetada em qualquer área de hiperidrose, mas a mais frequente é a axila. Por seu efeito sobre a glândula sudorípara, a toxina botulínica bloqueia a produção e a liberação do suor na área onde é injetada, tendo duração de efeito de até um ano. É importante destacar que o restante do corpo continuará a transpirar normalmente, não havendo interferência na temperatura corporal, já que a toxina botulínica é injetada apenas em pequenas áreas onde há transpiração anormal.
O profissional capacitado para diagnosticar hiperidrose, excluir doenças subjacentes e indicar o melhor tratamento é o médico Dermatologista.

Redação e coordenação: Marcelo Matusiak

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Sobre a SBD/RS

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é a única instituição reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no Brasil. Os médicos dermatologistas a ela ligados precisam obter o Título de Especialista que atesta a sua capacitação.

 

A secção SBD-RS é a sua representante no território do Rio Grande do Sul.

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