Nova epidemia de doenças sexualmente transmissíveis é destaque no 4° Simpósio Gaúcho de DST

Com apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS, evento debateu o que há de mais atual em relação ao tema

A ascensão do número de casos de DST e as causas deste crescimento foram os principais assuntos abordados no 4° Simpósio Gaúcho de DST, realizado no sábado (23/11), no Anfiteatro da AMRIGS.

Uma das atrações foi a participação do professor da Universidade da Califórnia em Los Angeles nos Estados Unidos, Jeffrey Klausner, que foi um dos primeiros a identificar este novo momento, em que doenças já praticamente erradicas voltaram a surgir. Através de uma videoconferência ele apresentou sua palestra, “Pré e pós-exposição das DST não virais: onde estamos e para onde vamos” que busca compreender os motivos do aumento de casos.

– Campanhas de conscientização e estudos são fundamentais. Há diversos exemplos de países que já haviam praticamente eliminado a sífilis e estão voltando a registrar casos, isso mostra como há algo errado na forma como estamos pensando e nos comunicando em saúde – ressaltou o professor.

Responsável pela coordenação do evento, o médico dermatologista, Mauro Cunha Ramos, enfatizou a necessidade de se tratar o assunto com frequência e de forma técnica.

– No nosso dia-a-dia, estamos vendo muitos casos, tanto nos consultórios, como no serviço público. Por isso, é preciso que se fale sobre DSTs, assim, é possível ter diagnóstico preciso e precoce – ressaltou.

Falando aos médicos, o coordenador enfatizou que é fundamental uma abordagem especial do paciente, quando o assunto é DST.

– Não podemos presumir nada e nem precipitar julgamentos. Isso nos induz ao erro e dificulta nossa relação médico-paciente. Sempre devemos utilizar perguntas abertas, que permitam que ele se sinta à vontade para relatar da melhor forma o que está sentindo e quais seus sintomas – finalizou.

Entre as DST’s mais famosas, o herpes genital foi tema da palestra da médica dermatologista, Kenselyn Oppermann, que reafirmou o papel do diálogo entre os parceiros sexuais.

– Pesquisas mostram que quando há conversa sobre o assunto entre os casais, isto reduz 50% as chances de transmissão. É uma questão comportamental – enfatizou.

O evento teve o apoio da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS e contou com a participação da presidente da entidade, Dra. Taciana Dal’Forno Dini, na cerimônia de abertura do Simpósio.

– A pele é o maior órgão do corpo humano e devemos ser capazes de compreender as mais diversas doenças cutâneas. Eventos assim são de uma importância enorme e esperamos, no ano que vem, manter essa parceria – salientou.

A programação do 4° Simpósio Gaúcho de DST ocorreu ao longo de todo o sábado, contou com diversas palestras e recebeu médicos de diversas especialidades como infectologistas, médicos de família, proctologistas, ginecologistas, urologistas e dermatologistas.

A realização foi da Sociedade Brasileira de DST Regional do Rio Grande do Sul e o apoio da SBD-RS.

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Sobre a SBD/RS

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) é a única instituição reconhecida oficialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) como representante dos dermatologistas no Brasil. Os médicos dermatologistas a ela ligados precisam obter o Título de Especialista que atesta a sua capacitação.

 

A secção SBD-RS é a sua representante no território do Rio Grande do Sul.

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