Líquido utilizado nos ataques realizados em Porto Alegre representa riscos para olhos, cabelos e pele
Os ataques contra pessoas utilizando ácido seguem sendo investigados pela Polícia Civil. Enquanto isso, médicos recomendam o máximo de cuidado por parte de vítimas que são afetadas pela substância que parece ser potencialmente tóxica. Na última semana pelo menos cinco pessoas foram atingidas pelo líquido arremessado por criminoso ainda não identificado. Tampouco foram encontradas explicações para a motivação do ato. A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Clarissa Prati, explica que é preciso tomar medidas rápidas para que os ferimentos não se agravem e não originem sequelas na pele.
– De imediato, deve-se lavar a área atingida com água corrente por uns 20 minutos, e, se se permanecer sensação de ardência, o procedimento deve ser repetido. As substâncias cáusticas causam destruição tecidual e, por isso, podem gerar manchas e cicatrizes ao longo do tempo. Tanto em cabelos, olhos ou na pele, há efeitos que variam de intensidade, conforme a quantidade de líquido em contato com o organismo. Os cabelos por exemplo podem ter seu crescimento alterado no caso de cicatrizes profundas. Nos olhos, a situação é similar, e existem riscos de lesões de córnea e cegueira, por isso, um oftalmologista deve ser imediatamente consultado – orienta.
Por fim, a vice-presidente da SBD-RS, Clarissa Prati, lembra que, é possível recuperar, em parte, a pele, através de procedimentos médicos. No entanto, alerta que isto também varia conforme a profundidade de cada cicatriz. Quanto mais grave, maior o tempo para recuperação e a necessidade de procedimentos médicos ou cirúrgicos.