A leishmaniose é uma doença infectoparasitária de evolução crônica, causada por várias espécies de um protozoário do gênero Leishmania. A doença é transmitida pela picada de insetos dos gêneros Phlebotomus e Lutzomyia. Tais mosquitos não alcançam vôos de longa distância e são encontrados no peridomicílio. Cães e pequenos roedores podem ser reservatórios da doença e é possível a contaminação inter-humana, através do inseto-vetor.
No nosso meio existem basicamente 2 formas clínicas em humanos: a visceral e a tegumentar americana. A visceral inicia com febre, palidez, falta de apetite, perda de peso, diarréia, dor abdominal e aumento de gânglios. Pode ocorrer aumento do baço e/ou do fígado, podendo evoluir para óbito em dias.
A leishmaniose tegumentar americana caracteriza-se pelo surgimento de ferida (úlcera) que não cicatriza, no local da picada do inseto (principalmente áreas expostas), cerca de 10 a 90 dias após a inoculação do parasita. Pode se parecer, no início, com um furúnculo. Esta lesão pode desaparecer sozinha e após um período sem sintomas, se disseminar pelo sangue e levar ao surgimento de outras lesões na pele e mucosas.
É muito importante o diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, além do combate ao mosquito vetor para que possamos interromper a cadeia de transmissão da leishmaniose e evitar uma epidemia da doença.
Autora: Dra. Vanessa Santos Cunha – Dermatologista SBD-RS
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