O melanoma é um tipo de câncer de pele que pode ser bastante agressivo se não detectado precocemente. Sua incidência aumenta no mundo inteiro e, no Rio Grande do Sul, a situação não é diferente.
Segundo estimativas do INCA, nosso estado possui as maiores índices de ocorrência desta doença no Brasil. Estes dados preocupantes se devem a alguns fatores reconhecidos. Inicialmente, a população gaúcha é constituída majoritariamente por pessoas de pele clara.
Sabe-se que estes indivíduos são mais susceptíveis a desenvolver o melanoma. Outro reconhecido fator de risco para desenvolver este tipo de câncer de pele é a exposição ao sol de forma desprotegida. Um numero elevado de queimaduras solares (“torrão do sol”) acumulado ao longo da vida, especialmente nas primeiras décadas de vida, aumenta de forma significativa a chance de ter um melanoma.
Este tipo de exposição ocorre de forma intensa nos meses quentes de verão, período em que os cuidados com o sol devem ser intensificados. Os raios responsáveis pelas queimaduras são ultravioleta. O índice ultravioleta, medida que confere a carga desta radiação que chega a superfície da terra, é constantemente alto no Rio Grande do Sul especialmente nos dias quentes.
As formas de minimizar o risco de desenvolver um melanoma se dão através de atitudes preventivas perante a exposição solar. Escolher horários apropriados para se estar em ambiente ensolarado (evitando o horário entre 10-16 horas), utilizando roupas e chapéus, abusando de ambientes com sombras e aplicando os filtros solares em áreas não protegidas por barreira física são algumas das principais medidas preventivas.
A melhor chance de obter a cura deste câncer nos indivíduos que o desenvolvem é através da detecção precoce. A observação de sinais de pele com assimetria, contornos irregulares, apresentando varias cores em tons de marrom e preto que possuam 0,6cm ou mais de tamanho e, principalmente com histórico de crescimento devem ser examinados. Por fim, é recomendável que se procure um dermatologista uma vez ao ano para checar seus sinais e averiguar a presença de pintas suspeitas.
Autora: Dr. Renato Bakos, dermatologista SBD-RS.
A SBD-RS não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos apresentados na Palavra do Dermato. O artigo apresentado acima é de total responsabilidade do autor.