Dermatite de contato é uma doença comum e que pode afetar todas as faixas etárias. Ocorre quando um produto entra em contato com a pele (e mais raramente por via sistêmica) e provoca uma reação inflamatória. Esta reação, em geral, ocasiona avermelhamento da pele e pode também provocar pequenas vesículas e bolhas, além de escamas e crostas. Como o tempo, se a pessoa continua com a exposição ao produto a área afetada se torna mais espessada e escurecida, com formação de escamas, também. Quando a pessoa entra em contato repetidas vezes ao produto, pode desenvolver uma alergia clinicamente mais grave, incluindo áreas de pele não afetadas diretamente pelo produto (generalização da dermatite de contato).
O principal sintoma da dermatite de contato é o prurido (coceira), mas algumas vezes pode haver ardor. Algumas áreas podem tornar-se contaminadas por bactérias e há riscos para a ocorrência de uma infecção secundária leve, moderada ou grave.
Em termos de causas, as dermatites de contato podem ser subdivididas em agentes de uso pessoal (cosméticos, por exemplo), agentes ocupacionais (relacionados ao trabalho) e agentes ocasionais (por exposição a plantas, por exemplo).
Na maioria das vezes, é possível estabelecer qual foi o produto que ocasionou a dermatite de contato, porém para esse certeza diagnóstica é importante que a história e o exame físico do paciente sejam muito bem coletados.
Em um grupo de pacientes afetados pela dermatite de contato não é possível estabelecer a causa utilizando os dados da história e do exame físico. O recurso diagnóstico para esses contextos é a utilização de testes de contato, os quais devem ser utilizados por dermatologistas e imunologistas que tenham experiência na aplicação e interpretação dos resultados.
O principal item do tratamento é o afastamento do agente causador, ou seja, o paciente necessita evitar a causa. Além disso, podem ser necessários medicamentos de uso local ou via oral para a resolução mais adequada e rápida do problema.
A qualidade de vida dos pacientes com dermatite de contato pode ser muito afetada se o problema não for identificado e corretamente manejado. Desta forma, o papel do dermatologista é essencial para os melhores desfechos possíveis.
Autor: Prof. Dr. Renan Rangel Bonamigo – Dermatologista SBDRS
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