O microagulhamento ou a terapia de indução percutânea de colágeno (IPCA) é uma técnica utilizada por dermatologistas como modalidade de tratamento para:
– cicatrizes de acne;
– cicatrizes após acidentes e pós-cirúrgicas;
– estrias;
– rejuvenescimento da face, pescoço, colo e dorso das mãos para melhorar rugas, flacidez, poros dilatados, manchas escuras e claras;
– alguns tipos de queda de cabelo (calvície);
– melasma, entre outras.
Ainda, podemos fazer drug delivery, ou seja, aumentar a penetração cutânea e os efeitos de medicamentos e dermocosméticos, como a vitamina C, logo após o microagulhamento. Porém, existem critérios médicos para a escolha destas substâncias aplicadas sobre a pele, pois possuem absorção na circulação sanguínea e podem ocorrer casos de alergia.
São realizadas inúmeras microperfurações na pele através de um instrumento chamado roller. Este deve ser de boa procedência, estéril e descartado após o seu uso para evitar o risco de contaminação bacteriana e viral.
Já que o procedimento é doloroso, realizamos anestesia local de acordo com a necessidade de cada intervenção. O médico, ao realizar o rolamento do instrumento, pode variar a profundidade das microperfurações e estabelecer o comprimento das agulhas conforme o objetivo do tratamento. O modo de execução da técnica influencia diretamente no resultado final.
Em alguns casos podemos associar técnicas para potencializar os resultados como a Subcision, os lasers, a tunelização dérmica, o peeling químico e a radiofrequência pulsada com multiagulhas. O microagulhamento ou a IPCA exige conhecimento dermatológico apurado para evitar possíveis complicações e efeitos indesejados.
Autora: Dra. Francine Costa – Dermatologista SBDRS
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