O vitiligo é uma doença pigmentar adquirida e crônica que se caracteriza pelo surgimento de manchas brancas na pele e mucosas, secundárias à perda dos melanócitos, que são as células que dão cor à pele. Uma das principais consequências do vitiligo é o grande impacto na autoestima e na qualidade de vida dos pacientes, por isso é muito importante que o diagnóstico e o tratamento sejam realizados o quanto antes.
O diagnóstico do vitiligo é clínico, feito pelo médico dermatologista. Há várias doenças autoimunes que podem estar associadas ao vitiligo, por isso é recomendada a investigação com alguns exames laboratoriais. O tratamento deve ser iniciado precocemente a fim de limitar a extensão da doença e induzir a repigmentação das áreas afetadas, ou seja, que a pele volte a ter sua cor normal. Dependendo da extensão e das características das lesões podem ser realizados tratamentos tópicos e por via oral. Além disso, a fototerapia, em especial o UVB de banda estreita, é utilizada no tratamento do vitiligo tanto em lesões pequenas quanto nos casos com áreas mais extensas afetadas.
Nos pacientes que não respondem ao tratamento tópico ou à fototerapia e com o vitiligo estável, sem sinais de progressão, pode ser indicado ainda o manejo cirúrgico. Diversas técnicas cirúrgicas podem ser realizadas a fim de induzir pigmentação mediante o transplante de melanócitos.
A escolha do tratamento deve ser realizada junto com o dermatologista, que é o profissional mais capacitado para realizar o diagnóstico, a avaliação e o acompanhamento do paciente com vitiligo.
Autora: Juliana Catucci Boza – Dermatologista SBD-RS
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