Hormônios

Hormônios

Os anticoncepcionais orais contêm hormônios que podem ser combinados, isto é, compostos por um estrogênio e um progestágeno ou ainda, somente o segundo (chamados de minipílula). Estes dois hormônios podem apresentar-se em dosagens iguais – pílulas monofásicas – ou em combinações diversas ao longo do ciclo – multifásicas.

Além disso, diferença entre os produtos também é o tipo de progestágeno e as doses de estrogênio (sempre etinilestradiol). Há também dispositivos intrauterinos contendo progestágeno, bem como outros métodos, como injeções, anel vaginal, implantes e adesivos que entregam hormônios para sintomas do climatério . Assim, todas estas variações devem ser consideradas quando a paciente queixa-se de alterações dermatológicas relacionadas ao hiperandrogenismo, como queda de cabelos, pelos indesejados e acne – tanto quanto estes quadros durante o uso dos mesmos quanto ao tratamento destas condições.

A queda de cabelos relacionada à parada do anticoncepcional é denominada de eflúvio telógeno agudo e dura cerca de 3 meses, pela falta do estrógeno, que prolonga a fase de crescimento dos fios, tendendo à estabilização logo após. Pode ocorrer também piora da oleosidade da pele e do couro cabeludo, de duração variável ou mesmo permanente.

Progestágenos de alto efeito androgênico, como o levonogestrel, o desogestrel e o gestodeno, podem piorar ou desencadear queixas relacionadas ao hormônio masculino em pacientes com sensibilidade aumentada aos andrógenos, como a acne e a alopécia androgenética feminina (calvíce), onde há queda e afinamento capilar progressivo, mesmo que em doses baixas, como é o caso do DIU.

Alterações similares também podem ocorrer durante a reposição hormonal para o climatério e menopausa. Por outro lado, há progesteronas de ação antiandrogênica, reduzindo a ação da testosterona e, consequentemente, sua contribuição com as lesões inflamatórias da acne e o afinamento dos fios. Exemplos deste tipo de hormônio são drosperinona, clorladinona e ciproterona.

Assim, a escolha de terapia hormonal nas diferentes fases de vida devem levar em conta, sempre, as características em conjunto da paciente e suas necessidades globais.

 

Autor(a): Dra. Clarissa Prati – Dermatologista. CRM 25642
A SBD-RS não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos apresentados na Palavra do Dermato. O artigo apresentado acima é de total responsabilidade do autor.

Compartilhe

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email

Conecte-se

Este site utiliza cookies

Utilizamos cookies para personalizar conteúdo e anúncios, fornecer funcionalidades de redes sociais e analisar o nosso tráfego. Se de acordo, clique em ACEITAR ao lado.