Melasma é uma condição cutânea bastante comum, caracterizada por manchas marrom-acinzentadas localizadas principalmente na face, embora possa atingir outras áreas expostas ao sol. Na maioria das vezes acomete bochechas, queixo, nariz, testa e a área sobre os lábios, sendo muito mais comum em mulheres do que em homens. Pode estar associado à gestação, uso de anticoncepcionais orais e outros hormônios, doenças da tireoide e, menos frequentemente, outras medicações e cosméticos. A radiação ultravioleta tem papel fundamental no surgimento e piora das lesões.
O diagnóstico é clínico, feito pelo médico dermatologista, não sendo necessários exames específicos.
O tratamento é desafiador e exige persistência e disciplina do paciente. Há diversas opções, mas mesmo quando há sucesso no tratamento e melhora das manchas, as recidivas são comuns, especialmente se houver exposição ao sol.
O tratamento de primeira linha é feito com cremes com diferentes combinações de ativos, a serem prescritos pelo dermatologista conforme a necessidade de cada paciente. Procedimentos como lasers específicos, microagulhamento e peelings também podem ser usados, especialmente em casos mais resistentes, mas podem ter resultados imprevisíveis se realizados por profissionais inexperientes ou não qualificados.
O clareamento deve ser gradual e pode levar vários meses até que se observe melhora. Deve-se evitar tratamentos intempestivos, uma vez que a irritação excessiva da pele pode agravar o problema. É comum que o tratamento seja difícil e que as manchas retornem, especialmente se não houver muito cuidado com a exposição solar.
Autora: Dra. Perla Drescher de Castro Procianoy
A SBD-RS não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos apresentados na Palavra do Dermato. O artigo apresentado acima é de total responsabilidade do autor.