É uma doença de pele que pode acometer a palma das mãos e a planta dos pés. Ocorre o surgimento de vesículas (bolinhas d’água) com prurido (coceira). Essa doença se caracteriza pela falta de eritema (cor vermelha) e as vesículas podem se agrupar e formar bolhas. Em casos mais graves pode evoluir para rachaduras e fissuras. A faixa etária mais suscetível é dos 20 aos 40 anos de idade. É uma dermatose aguda, crônica ou recidivante. Geralmente há episódios recidivantes e melhora espontânea em 2-3 semanas. As bolhas duram cerca de 3 semanas e depois costumam desaparecer. O intervalo entre as crises pode variar de semanas a meses. As crises recorrentes podem resultar em espessamento da pele (hiperqueratose). Pode ocorrer infecção bacteriana secundária que deve ser tratada pelo seu médico dermatologista.
Existem alguns fatores que podem desencadear ou agravar um quadro já existente como infecção por fungos, infecção por bactérias, ingestão de medicamentos como a penicilina e outros antibióticos, reações de contato com substâncias e fatores emocionais estressantes.
O diagnóstico desta condição é clínico: a partir de uma história clínica detalhada é possível estabelecer as causas e saber se realmente se trata de disidrose. Alguns exames podem ser solicitados como o exame micológico direto para descartar infecção por fungos, o patch test na suspeita de dermatite de contato e a biópsia de pele quando não for possível identificar o agente causal. A doença pode se tornar incapacitante pelos episódios graves e frequentemente recidivantes. A disidrose não tem cura mas pode e deve ser controlada de várias formas.
Autor: Dra. Grasiela Cássia Monteiro, dermatologista associada a SBD-RS
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