Micoses superficiais da pele – Dr. Rodrigo Vettorato

As micoses superficiais são infecções da pele causadas por diferentes tipos de fungos microscópicos. Estes fungos são comumente encontrados no meio ambiente (principalmente em locais quentes e úmidos, como bordas de piscinas, vestiários, etc.). O paciente pode adquirir uma micose quando se expõe a estes locais contaminados. A transmissão também pode ocorrer através do contato com animais ou pessoas portadoras da doença; e ainda, por objetos e roupas compartilhados.

Existem alguns fatores que nos tornam mais suscetíveis a uma micose, entre eles:
o Fatores genéticos
o Hiperidrose (suor excessivo)
o Hiperoleosidade (pele oleosa)
o Falta de higiene
o Uso de alguns medicamentos
o Doenças associadas (que alteram a imunidade)

Existem vários tipos de micoses superficiais, as mais comuns são:
Pitiríase Versicolor (pano branco): doença causada por fungos do gênero Malassezia que causam na pele manchas hipocrômicas (claras) ou hipercrômicas (acastanhadas ou rosadas), com pouca ou nenhuma descamação. Os locais mais comumente afetados são ombros, costas e peito. Alguns pacientes referem um pouco de coceira nas manchas, mas geralmente são assintomáticas. Ficam mais evidentes no verão, por isso são também conhecidas como “micoses de praia”.

Dermatofitoses ou Tinhas (impingem): micose causada por fungos chamados dermatófitos. Provocam na pele manchas circulares com as bordas avermelhadas e descamativas. Causam muita coceira. Podem acometer qualquer local do corpo, mas tem predileção pelos pés (pé de atleta), no meio dos dedos dos pés (frieiras) e nas virilhas. Além disso, podem acometer as unhas (onicomicoses) e, o couro cabeludo, principalmente em crianças.

O diagnóstico e o tratamento das micoses devem ser feitos por um médico dermatologista. Antifúngicos tópicos (cremes, pomadas, loções) ou por via oral, devem ser criteriosamente selecionados antes de administrados aos pacientes.

Dicas para prevenir as micoses superficiais:
o Usar chinelos de borracha nas bordas de piscinas, vestiários e chuveiros públicos.
o Secar bem os pés, meios dos dedos e outras dobras do corpo após o banho.
o Trocar meias e roupas íntimas diariamente.
o Evitar compartilhamento de roupas e acessórios com outras pessoas
o Manter as unhas curtas e não compartilhar cortadores de unhas.
o Colocar os calçados em locais arejados e, com frequência expô-los ao sol.

As micoses superficiais são doenças extremamente comuns, e podem “imitar” várias doenças dermatológicas. Assim, é muito importante buscar o diagnóstico e o tratamento corretos, antes de se automedicar.

Autor: Dr. Rodrigo Vettorato, dermatologista SBD-RS

A SBD-RS não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos apresentados na Palavra do Dermato. O artigo apresentado acima é de total responsabilidade do autor.

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