Um dos mais comuns efeitos cumulativos do sol é a poiquilodermia, também conhecida como Poiquilodermia de Civatte, uma combinação de atrofia da pele, aparecimento de vasos e hiperpigmentação (manchas) na face, pescoço e colo, geralmente poupando a região submentoniana. Pode acometer ambos os sexos, mas é mais comum em mulheres. A consequência são manchas avermelhadas e escuras, na maioria das vezes benignas, mas para confirmar o diagnóstico e excluir associação com doenças malignas seu dermatologista deverá ser consultado. Além da exposição em excesso ao sol, o seu aparecimento pode ter causas diversas como o processo do envelhecimento, predisposição genética, e até fatores hormonais.
Apresenta curso crônico, progressivo que continua com a exposição à luz ultravioleta. A fotoproteção é uma parte essencial da terapêutica. Atualmente existem diversos tratamentos para atenuarmos essas alterações, mas não existe tratamento curativo. O uso de cremes não é tão eficaz para o tratamento dessa condição, mas podem ser utilizados em combinação. A Luz intensa Pulsada (LIP) é a terapêutica com melhores evidências, visto tratar vasos e manchas com ótima resposta e com poucos efeitos colaterais. As tecnologias estão cada vez mais disponíveis, a depender da avaliação clínica e alteração predominante, lasers não ablativos fracionados, lasers pulsados, dye-laser e terapia fotodinâmica foram descritos na literatura, com respostas variáveis.
A prevenção ainda é o melhor tratamento quando se trata dos danos crônicos causados pelo sol, evitando a exposição solar excessiva e quando necessária, com fotoproteção.
O uso rigoroso do filtro solar de alta proteção já é conhecido na face, mas as mãos, o pescoço e colo também devem ser protegidos, sempre!
Autor(a): Dra. Ana Cláudia dal Magro – Dermatologista. CRM 42414.
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