Os nevos melanocíticos (também chamados de sinais de pele ou pintas) são manchas na pele que basicamente aparecem de duas formas – os sinais congênitos (sinal de nascença) ou os sinais adquiridos, mais comuns e que surgem principalmente até a primeira metade da nossa vida. Ocorrem mais frequentemente nas pessoas de pele clara e tem predileção pelas áreas expostas ao sol.
Os nevos são vistos na pele com aspecto variado, normalmente como manchas de cor marrom em tons diversos, podem ter tamanhos diferentes, ter saliência ou não, tem formato simétrico e em geral não trazem incômodo. Apesar de mais frequentes no tronco, podem aparecer em qualquer localização, inclusive na área genital, no couro cabeludo e sob as unhas.
As pessoas com mais de 100 sinais ou aqueles que apresentam sinais de maior tamanho ou de formato irregular, devem ficar atentas pelo risco maior de desenvolver o melanoma, um tipo de câncer da pele que em algumas situações pode ser grave.
Como forma de auxílio, recomendamos que o paciente busque realizar regularmente o autoexame de sua pele, em local com boa iluminação, com auxílio de um espelho, utilizando o recurso da Regra do ABCDE, onde os sinais são classificados buscando Assimetrias, Bordas irregulares, Cores variadas, Diâmetro acima de 6 mm e Evolução da pinta. Sempre é interessante que alguém auxilie neste exame, principalmente na observação das costas. Caso um sinal apresentar mudanças de formato, tamanho ou cor, o médico dermatologista deve ser procurado.
É adequado que, além do autoexame da pele, os sinais sejam analisados anualmente pelo médico dermatologista, profissional capacitado a observar pequenas mudanças da estrutura das pintas através de um exame chamado dermatoscopia, possibilitando assim a retirada específica e precoce de sinais com suspeita de transformação. Nestes casos os sinais removidos são avaliados microscopicamente buscando um diagnóstico preciso.
A proteção da pele em relação ao sol é muito importante para todos, mas fortemente recomendada aos que apresentam muitos sinais de pele. Deve-se usar roupas, chapéus e protetor solar acima do FPS 30 e evitar o sol mais intenso entre 10h e 16 horas.
Autor: Dr. Fabiano Siviero Pacheco – Dermatologista SBD-RS
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