Queixa muito comum no consultório dermatológico durante os meses de outono e inverno, a pele seca pode ocorrer em qualquer parte do corpo, sendo mais frequente nas pernas, braços e áreas mais expostas como as mãos, pés e a face. No frio, as glândulas sebáceas e sudoríparas ficam menos ativas, o que causa uma redução na lubrificação natural.
Quando a pele está muito seca, além da sensação típica de “repuxamento”, ela pode apresentar sintomas incômodos como descamação, vermelhidão, coceira e rachaduras. A boa notícia é que a maioria dos casos podem ser resolvidos com medidas simples.
Sabonete
Todos os sabonetes ressecam a pele, pois retiram a camada de gordura que tem função de barreira contra a perda de umidade. O recomendado é usar sabonete apenas nas áreas de dobras como axilas, nádegas, pés e área genital. Para o rosto, opte por sabonetes faciais líquidos específicos.
Banhos quentes e prolongados
A água quente em combinação com sabonetes e esponjas facilita a remoção da camada de gordura da pele. Opte por banhos mornos e de no máximo 10-15 minutos.
Mau uso do hidratante
Não basta usar hidratante, ele deve ser aplicado de maneira eficiente se o objetivo for se livrar da pele seca. O ideal é usá-lo logo após o banho, depois de retirar apenas o excesso de água com a toalha. Peles mais secas podem precisar de duas aplicações diárias. Dê preferência para hidratantes sem perfume à base de uréia, ácido lático, e óleos vegetais. É importante lembrar que os óleos corporais sozinhos não hidratam, apenas formam uma barreira contra a perda de umidade.
Outros hábitos importantes para manter a hidratação da pele são a ingestão adequada de líquidos, uso de protetor solar nas áreas expostas, e uso de luvas para proteger as mãos da água quente e detergente.
Se mesmo com esses cuidados os sintomas de ressecamento se manterem, não deixe de procurar um médico dermatologista. A pele seca também pode ser sintoma de outra enfermidade ou decorrência de efeitos colaterais de medicação, por exemplo. A consulta com um profissional habilitado pode esclarecer qual o seu caso.
Autora: Dra. Fernanda Lauermann – Dermatologista SBD-RS
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