O melasma se caracteriza por um aumento da produção de pigmento na pele, o que ocasiona o surgimento de manchas amarronadas, que acometem principalmente a face, as regiões das bochechas, da testa e do buço. Porém, outras regiões do corpo também podem ser acometidas, como os braços, o pescoço e o colo.
90% dos casos ocorrem em mulheres, especialmente entre os 20 e os 50 anos, mas homens também podem ser acometidos. Pessoas com tom de pele mais escuro têm maior probabilidade de apresentar a doença.
O melasma ocorre após exposição solar diária ou intermitente, ou até mesmo ao calor com mormaço. Por isso, o surgimento das manchas ou mesmo a piora das mesmas são mais percebidos no verão. Outros fatores que podem contribuir para o aparecimento do melasma são: uso de anticoncepcionais ou de reposição hormonal, mudanças hormonais ocasionadas pela gestação, doenças da tireoide, história familiar (predisposição genética) e uso de produtos cosméticos que causem irritação da pele.
Infelizmente, não há cura para o melasma. Mas, atualmente, dispomos de diversos recursos para o controle das manchas, sendo o principal deles o uso rigoroso do fotoprotetor, o qual deve ser reaplicado, idealmente, a cada 2 horas. Deve-se dar preferência àqueles de FPS mais alto e com cor, o que confere uma maior proteção. Outros tratamentos incluem clareadores à base de ácidos, hidroquinona e antioxidantes (que potencializam a ação do filtro solar), que podem ser utilizados em casa. Também dispomos de antioxidantes para uso oral à base de Polypodium leucotomos ou Picnogenol, que reduzem a ação dos radicais livres sobre a pele.
Tratamentos complementares podem ser realizados no consultório dermatológico. Estes incluem os peelings clareadores, que não podem ser muito agressivos, para que não haja piora das manchas, e alguns tipos de lasers.
A prevenção do melasma é feita protegendo-se a pele contra a ação da radiação ultravioleta (UV):
– usar filtro solar diariamente, o qual deve ser reaplicado a cada 2 a 3 horas;
– evitar exposição ao sol;
– utilizar barreiras físicas como chapéus, óculos escuros, guarda-sol e roupas com proteção UV (para os casos de melasma em áreas fora da face);
– uso de medicamentos antioxidantes (Polypodium leucotomos ou Picnogenol).
Autora: Dra. Gláucia Thomas Heckler – Dermatologista SBD-RS
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