É causada por uma bactéria chamada Treponema Pallidum. Saber esse nome não é importante, mas é importante saber que ela pode ser transmitida por qualquer tipo de atividade sexual, incluindo o sexo oral e da mãe com sífilis para o bebê. Muitas pessoas que recebem o diagnóstico de sífilis se surpreendem, pois, frequentemente, a doença pode não apresentar sintomas. Quando aparecem sintomas, eles iniciam com uma ferida indolor na região genital, que desaparece mesmo sem tratamento. Meses depois, podem aparecer manchas ou feridas pelo corpo que quase nunca doem ou coçam. Como também passam sem tratamento, são consideradas uma “alergia” passageira. Silenciosa, a doença pode evoluir com graves consequências.
O cérebro e o coração podem ser definitivamente afetados, levando a sequelas e, por vezes, à morte. A consequência mais terrível é a sífilis congênita. Mais da metade das mães com sífilis têm aborto, parto prematuro, doença ou morte do recém-nascido. Entre as manifestações tardias estão a cegueira, surdez ou retardo mental.
Todas essas complicações podem ser evitadas. Os testes são simples, baratos e precisos. Os resultados são rápidos e confiáveis. Disponíveis no SUS, alguns dão o resultado em até 30 minutos. E o tratamento é eficaz em 100% das pessoas! Os parceiros e parceiras sexuais das pessoas com sífilis também devem ser avaliados. Na dúvida, é melhor tratar do que esperar a evolução. Os testes devem ser sempre incluídos no pré-natal para evitar que a doença no recém-nascido ainda ocorra.
Pessoas que praticam relações sexuais com mais de uma pessoa ou com pessoas que tenham outros parceiros(as), ou ainda que estejam iniciando um novo relacionamento, se beneficiam de testes periódicos para sífilis, HIV e hepatites infecciosas. O uso adequado do preservativo reduz o risco de transmissão da sífilis e, mais ainda, de outras DST.
Autor(a): Dr. Mauro Cunha Ramos | CRM 13315
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