Vitiligo é uma doença adquirida, não contagiosa, que atinge cerca de 1% da população mundial. Caracteriza-se por manchas brancas de tamanhos variáveis que podem acometer pessoas de qualquer idade, raça ou sexo. O diagnóstico é clínico, baseado na história e exame físico. Em alguns casos, pode-se realizar a avaliação através de uma luz específica que define pigmento, a lâmpada de Wood, ou pela retirada de um pequeno fragmento de pele para análise e confirmação diagnóstica, procedimento conhecido como biópsia de pele. O material é enviado ao patologista que pode verificar a perda dos melanócitos (células responsáveis pela formação do pigmento que dá cor à pele).
Cerca de 30% dos acometidos têm história familiar da doença. Sua causa ainda não está definida mas percebe-se frequente associação com doenças autoimunes e início ou exacerbação após evento estressante ou trauma local. Pode ser classificado em: segmentar, quando acomete apenas uma ou algumas partes definidas do corpo, ou não segmentar, tipo mais comum, quando tende a acometer mais áreas e, em alguns casos, a pele e pelos de forma universal.
Algumas doenças podem causar manchas semelhantes e o diagnóstico diferencial incorreto pode ser deletério ao paciente. O correto reconhecimento é fundamental. Para tal, é importante a avaliação de um dermatologista credenciado.
Não existe, até o momento, cura para a doença mas um bom controle pode ser atingido através do tratamento adequado para cada caso. O uso tópico de corticosteroides, inibidores da calcineurina, análogos da vitamina D e furocumarínicos como os psoralênicos, a costicoterapia sistêmica em casos específicos, a irradiação de luz ultravioleta (UVA ou UVB), os lasers, os imunossupressores, os despigmentantes, a camuflagem e as técnicas cirúrgicas são os principais métodos do arsenal terapêutico atual. O correto diagnóstico e manejo podem mudar a qualidade de vida do paciente, diminuindo os tão frequentes estigmas da doença.
Autor: Dra. Anelise Damiani da Silva Citrin
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