Suor excessivo: a hiperidrose.
É o aumento da transpiração das mãos, face, virilha, pés e/ou axilas. Ocorre por uma desregulação do sistema nervoso autônomo que estimula as glândulas sudoríparas excessivamente.
No tipo primário ela costuma surgir na infância em áreas específicas como as mãos. Afeta de 2% a 3% da população e geralmente há uma história familiar positiva. Nesse caso as pessoas não suam quando dormem.
No tipo secundário ela costuma surgir na idade adulta e está associada a medicamentos, doenças neurológicas, hormonais ou algum câncer e pode ocorrer no corpo todo ou em um lado do corpo, por exemplo, mesmo durante o sono.
O tratamento inicial é diferenciar os tipos e inclui:
Antitranspirantes: em cremes ou spray tópicos.
Medicamentos: orais, que inibem a ação do sistema nervoso autônomo, mas que têm como efeitos colaterais a boca seca, constipação, tonturas, etc.
Iontoforese: usa a eletricidade para bloquear temporariamente as glândulas do suor, com melhor resposta nas mãos e pés.
Toxina botulínica: tem bom resultado de curto prazo, porém é doloroso e há necessidade de repetição periódica.
Simpatectomia torácica endoscópica: realizada por cirurgiões torácicos, age diretamente sobre o gânglio nervoso que transmite o sinal para a transpiração. Efetiva para axilas, face e mãos, porém pode ocorrer a sudorese em outra área como o tronco para compensar.
Remoção cirúrgica das glândulas: através de curetagem e lipossucção em casos graves e que tragam muito prejuízo aos pacientes.
Autora: Dra. Michele Lise, dermatologista SBD-RS
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