Resultado é fruto de um mutirão de atendimento realizado por dermatologistas associados da Regional Rio Grande do Sul da Sociedade Brasileira de Dermatologia
Um exemplo prático está contribuindo no diagnóstico e tratamento de casos suspeitos de câncer de pele. Os pacientes foram atendidos durante o mutirão realizado no último sábado (01/12) por médicos dermatologistas em diversas partes do Rio Grande do Sul e, aqueles, que tiveram algum tipo de suspeita de tumor detectado receberam encaminhamento para tratamento cirúrgico. A ação integra a programação do Dezembro Laranja e foi realizada pelo quinto ano consecutivo. Ao todo foram 1440 atendimentos e em 22% dos casos houve suspeita de câncer. O índice é superior ao registrado no ano passado no RS, quando a marca ficou em aproximadamente 18%.
– A alta incidência do câncer de pele no nosso estado salienta a importância das orientações relacionadas ao excesso de exposição solar, maior fator causal associado ao desenvolvimento deste tipo de câncer – afirma a vice-presidente da SBD-RS, Taciana Dal’Forno Dini.
Os números também refletem a continuação do Rio Grande do Sul como estado que tem índices piores do que a média nacional. No ano passado, segundo a SBD Nacional, a média de casos suspeitos no Brasil ficou em aproximadamente 14%.
– Pela maior descendência europeia, os gaúchos apresentam a pele mais clara e, consequentemente, mais sensível às queimaduras solares – completa a médica.
Este mutirão de atendimento é promovido em todo o Brasil há 20 anos pela SBD. No Rio Grande do Sul, foi organizado pela SBD-RS. Na capital, os pontos de atendimento foram a Unidade de Saúde do IAPI, também conhecido como Postão do IAPI, e o Ambulatório de Dermatologia Sanitária (ADS). Na Região Metropolitana, o Ambulatório de Dermatologia do Curso de Medicina da ULBRA (Canoas) também recebeu a população. Já no interior do estado, a ação contou com mais seis pontos: Centro Clínico da Universidade de Caxias do Sul (Caxias do Sul), Centro Clínico Univates (Lajeado), Residência Médica em Dermatologia – UFFS/HSVP (Passo Fundo), Centro de Especialidades Municipal da Pelotas (Pelotas), Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Correa Jr (Rio Grande) e Hospital Ana Nery (Santa Cruz do Sul). Ao total, foram mais de 1,5 mil fichas distribuídas.
A cidade de Canoas apresentou os maiores índices de casos suspeitos, seguido pela cidade de Rio Grande. Entre os municípios que fizeram parte da ação, as cidades de Lajeado e Caxias foram as que apresentaram os menores índices.
Médias de casos suspeitos 2018
Canoas: 34%
Rio Grande 32%
Santa Cruz 26%
Porto Alegre 18%
Passo Fundo 18%
Pelotas 17,5%
Lajeado 17%
Caxias 16%
Média RS 22%