O novo Coronavírus-19 (COVID-19) foi declarado uma pandemia pela Organização das Nações Unidas (ONU) em março de 2020 e tornou-se urgente tomar medidas efetivas para reduzir sua transmissão.
O vírus se espalha primariamente por gotículas respiratórias, mas também pode ser transmitido pelo contato com superfície e objetos contaminados. Por isso, duas ações são consideradas cruciais para a redução no risco da transmissão do vírus: lavagem frequente das mãos e desinfecção das superfícies.
A frequente higienização das mãos pode gerar várias alterações na pele, entre elas, pele seca, dermatite de contato irritativa e dermatite de contato alérgica. A forma mais comum de dermatite de contato é a dermatite de contato irritativa por exposição direta a irritantes ambientais.
A dermatite das mãos leva a sintomas como secura, aspereza, prurido (coceira), ardor, eritema, edema, formação de bolhas, descamação e fissuras. Dados prévios sobre dermatites (alergias) das mãos já apontaram que essas lesões geram um impacto negativo na vida das pessoas. Por isso, é muito importante observar alguns cuidados no hábito de lavar as mãos para assegurar uma proteção efetiva contra a transmissão do COVID-19 e, ao mesmo tempo, reduzir os riscos de reações adversas na pele:
-Lavar adequadamente as mãos. É recomendada a lavagem das mãos por, pelo menos, 20 segundos.
-Utilizar água morna para a lavagem das mãos. Água quente contribui para deixar a pele seca e sensível.
-Utilizar sabonetes suaves e não irritantes. Sabonetes antibacterianos devem ser evitados.- evitar permanecer com as mãos molhadas e utilizar processo adequado para secagem. Evitar irritar a pele ao secar. Do ponto de vista de higiene e controle de contaminação, papel toalha é superior a secadores elétricos.
-Quando não há possibilidade de lavar as mãos com água e sabão, é recomendado higienizá-las com álcool 70%. Entretanto, o álcool é irritativo para a pele, sendo importante hidratá-la imediatamente na sequência. - aplicar emoliente (hidratante) após lavar as mãos durante o trabalho e em casa para favorecer a regeneração da barreira de proteção da pele. Os emolientes mais indicados são os mais espessos, gordurosos e hipoalergênicos.
– Usar adequadamente as luvas, assim como trocá-las frequente durante períodos prolongados de trabalho para diminuir a umidade. Sempre importante o uso do hidratante de mãos.
– Evitar contato direto com produtos químicos de qualquer natureza, em especial, neste momento, com os produtos que estão sendo utilizados para desinfecção das superfícies.
– Utilizar, sob supervisão médica, corticosteroides tópicos, quando necessário.
Autor(a): Dra. Maria Carolina Rey – Dermatologista. CRM 26551
A SBD-RS não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos apresentados na Palavra do Dermato. O artigo apresentado acima é de total responsabilidade do autor.