Qual o protetor solar ideal para quem tem melasma?

Todos nós sabemos que o melasma piora com a exposição ao sol, cuja radiação mais conhecida, devido ao seu papel na gênese do câncer de pele, é a ultravioleta. Porém, além da emissão de ultravioleta (UV), o sol também emana radiação infravermelha e radiação (luz) visível.

Você sabe qual o papel de cada um desses raios? De uma maneira simples e didática, podemos explicar da seguinte forma:

– Radiação infravermelha: é a responsável pela produção de calor.
– Radiação ultravioleta B (UVB): produz a vermelhidão da pele e as queimaduras.
– Radiação ultravioleta A (UVA): provoca as manchas e o fotoenvelhecimento.
– Luz visível: é capaz de estimular a retina humana, sendo interpretada pelo cérebro, contribuindo para o sentido da visão.

Além de compor o espectro solar, a luz visível também está presente nas lâmpadas e nas telas dos aparelhos eletrônicos, como TVs, tablets e smartphones. A partir do que foi exposto, pode-se concluir que o protetor solar ideal deve ser de amplo espectro, ou seja, capaz de proteger contra UVA, UVB e luz visível. O fator de proteção solar (FPS) baseia-se na menor quantidade de energia UV necessária para a formação de eritema (vermelhidão). Logo, está mais relacionado à proteção contra UVB, não sendo considerado uma medida confiável para quantificar a proteção ao UVA, principal responsável pela formação das manchas.

Pessoas com melasma devem utilizar, preferencialmente, filtros solares com FPS mais alto, em torno de 50 ou 60, e com cor, pois o pigmento confere uma barreira física contra a luz visível. Elas também podem se beneficiar com o uso dos chamados fotoprotetores orais, que atuam
de forma complementar aos protetores tópicos (de aplicar na pele). As formulações orais são compostas por substâncias antioxidantes que combatem os efeitos nocivos da radiação UV e da luz visível sobre a pele. Exemplos incluem a vitamina C, a luteína, o Polypodium leucotomos e o Picnogenol.

Não podemos esquecer, ainda, de mencionar os métodos de barreira, como chapéus, bonés e viseiras, que evitam a exposição solar direta e são muito importantes na proteção da face, local mais frequentemente acometido pelo melasma.

 

Autor(a):Dra. Glaucia Thomas Heckler | CRM 24689

A SBD-RS não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos apresentados na Palavra do Dermato. O artigo apresentado acima é de total responsabilidade do autor.

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