Durante cirurgias de câncer de pele ou outras lesões, é comum não haver a possibilidade de simplesmente fecharmos a pele diretamente de um lado para o outro. Isso acontece principalmente quando a lesão removida é grande ou quando ocorre em locais em que pode haver distorção da aparência normal da pessoa, como ponta do nariz ou proximidades das sobrancelhas, olhos, orelhas, entre outros.
Nessas situações, é comum o cirurgião dermatológico remover e rodar a pele de uma região ao lado para o fechamento do “defeito”. É a criação de um segmento móvel que é girado para cobrir o local de onde a pele foi retirada. Essa rotação de pele recebe o nome de retalho cutâneo. E existem inúmeros tipos e variações de retalhos cutâneos.
Outra possibilidade de fechamento é a remoção de pele à distância e a colocação adequada no local – os enxertos. Porém, como são removidos de locais distantes e diferentes, os enxertos geralmente não apresentam cor, textura e nivelamento iguais aos dos locais que os recebem, e isso gera um problema estético para o paciente. Muitas vezes, ficam mais aprofundados e esbranquiçados em relação à pele ao redor, e o aspecto mais branco e “afundado” chama atenção para o local.
Assim, a grande vantagem dos retalhos, que têm as mesmas características dos locais receptores por terem sido “rodados” da pele circundante, é a possibilidade de mantermos “altura”, cor e textura de pele semelhantes. Outra vantagem é que o retalho permanece ligado ao local de origem por um de seus lados, o que mantém a circulação de sangue original e facilita a ótima cicatrização.
Procure um médico dermatologista experiente em cirurgia dermatológica para conversar sobre as opções cirúrgicas pertinentes ao seu caso. E, lógico, faça revisões de pele anualmente ou a qualquer momento em que apareça alguma lesão diferente.
Autor: Dr. Juliano de Avelar Breunig – Dermatologista SBD-RS
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